O encontro foi marcado pelo debate de iniciativas conjuntas para maior aproximação com estudantes e, assim, incentivar o ingresso nas faculdades da área tecnológica. Presente na ocasião, o diretor administrativo do Crea-SP, Eng. Luís Chorilli Neto, ressaltou que o cenário da baixa procura pela formação em Engenharia requer ações integradas. “Precisamos enxergar os motivos dessa redução de interesse pelos cursos para traçar estratégias e reverter esse quadro”, pontuou o engenheiro que também é presidente da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Piracicaba (AEAP) e coordenador da Comissão de Orçamento e Tomada de Contas (COTC) do Crea-SP.
Além de buscar soluções para impulsionar futuros profissionais para as áreas das Engenharias, Agronomia e Geociências, o objetivo da aproximação é também propor parcerias para contribuir com a carreira dos recém-formados. “Neste ano estamos fortalecendo esse estreitamento com as instituições de ensino para melhorar a experiência dos profissionais logo após a formação, com o objetivo de facilitar o ingresso deles no mercado de trabalho a partir do registro no Conselho. Devemos construir outras parcerias para oferecer projetos de capacitação e valorização, criando assim um vínculo entre Crea-SP, universidades e formandos”, contou a gerente de Planejamento Estratégico do Conselho, Eng. Ana Claudia da Costa Weber Rinaldi.
Também docente do departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição, a Eng. Thaís Vieira explicou que a Esalq é uma instituição centenária com ações e pesquisas transversais, tendo como compromisso a aproximação com a sociedade. “Nossa meta é tornar a escola mais acolhedora como instituição da sociedade, do setor produtivo e das comunidades locais. Temos dois cursos em que os profissionais estão ligados ao Crea-SP, que é a Engenharia Agronômica e a Engenharia Florestal, então, esse estreitamento é muito importante. Queremos que o Conselho esteja presente, não somente no momento que o aluno se forma, para o registro, mas que possamos manter o diálogo e estabelecer relações mais robustas de cooperação ao longo da graduação”, afirmou.
Sobre as pesquisas recentes apontando a queda pela procura nos cursos de Engenharia, a exemplo da publicada pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp), a engenheira disse que no caso da Esalq, especificamente, não houve baixa, mas uma variação na procura. Segundo a engenheira, uma das soluções para essa defasagem seria a articulação com a sociedade para tornar o ensino mais atrativo.
Já Marchese disse que o propósito do Conselho em 2023 é se dedicar a impulsionar as carreiras na área tecnológica e que a parceria com as instituições de ensino tem papel fundamental para cumprir com esse objetivo. “Precisamos alertar a importância do papel dos profissionais das áreas da Engenharia, Agronomia e Geociências para a sociedade. Conscientizar as pessoas de que essas carreiras são fundamentais para o desenvolvimento socioeconômico em todas as áreas. Só assim podemos mudar esse cenário”, concluiu.