Acordo de fiscalização tem como foco atividades em poços artesianos
Uma parcela considerável da demanda por água em todo o Estado e País ainda é atendida por poços artesianos, principalmente em áreas rurais e distantes dos centros urbanos. Um estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), constatou que 90% dos poços no Brasil eram irregulares.
O Acordo de Cooperação Técnica do Crea-SP firmado em parceria com a FABHAT nasceu com a finalidade de de mapear esse cenário e mitigar as consequências ambientais e de saúde para quem ainda depende dessa modalidade de acesso à água. Sem um profissional capacitado para a escavação, estruturação do poço e instalação da bomba, é iminente a contaminação por coliformes e microrganismos prejudiciais ao ser humano.
A vice-presidente do Crea-SP, Eng. Lígia Marta Mackey, destacou a importância de se firmar parcerias como esta. “Ver os resultados do Acordo Técnico após quase um ano é essencial, entre outras coisas, para garantirmos a atuação profissional, a saúde e a segurança da população. Apurados os dados iniciais, devemos ampliar a parceria para identificarmos e atuarmos em outros poços na região do Alto Tietê”, afirmou.
Assinado em março do ano passado, o documento permitiu o intercâmbio de informações entre as instituições para elaboração de soluções conjuntas que atendam às condições hídricas do Alto Tietê. A partir da ampliação das fiscalizações, capacitação integrada dos agentes com cursos, atividades e eventos, e a checagem prévia de dados disponíveis, o projeto piloto foi classificado como um sucesso pelo diretor e presidente da FABHAT, Eng. Hélio Suleiman.
“Não só alcançamos os objetivos como chegamos a uma escala ainda maior do que imaginávamos. Analisamos os dados registrados pelo Crea-SP e constatamos inúmeros poços que precisam de mais atenção. O convênio nos ajuda a tratar melhor a saúde das pessoas. Esse é apenas o começo”, afirmou Suleiman.
Também estiveram presentes na reunião a superintendente de Fiscalização do Conselho, Eng. Maria Edith Santos e a diretora técnica da Fundação, Beatriz Vilela.
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